segunda-feira, 26 de julho de 2010

SAUDADES

Recebi este texto ele me levou de volta a minha infância a um tempo que deixou saudades , como eu era feliz são coisas que talvez meu filho jamais saiba como era bom este tempo hoje e tudo rápido tudo pronto, os valores mudaram o respeito pelos outros e considerado algo extraordinario quando deveria ser normal ser honesto hoje e algo inédito chama a atenção aparece ate na televisão ser honesto educado deveria ser passado de pai para filho como era na minha época, não sou tão velha assim tenho 44 anos, meus pais me educaram sim apanhei sim quando fazia coisa errada trabalhei sim quando era menor para ajudar meus pais, olho as crianças de hoje com tantos direitos e nenhum dever. Será que não estamos criando futuros tiranos.

SAUDADE…



José Antônio Oliveira de Resende

(Prof. de Prática de Ensino de L. Portuguesa, do Depto de Letras, Artes e Cultura, da Un. Fed. de S João del-Rei)



Sou do tempo em que ainda se faziam visitas. Lembro-me de minha mãe mandando a gente caprichar no banho porque a família toda iria visitar algum conhecido. Íamos todos juntos, família grande, todo mundo a pé. Geralmente, à noite.

Ninguém avisava nada, o costume era chegar de para quedas mesmo. E os donos da casa recebiam alegres a visita. Aos poucos, os moradores iam se apresentando, um por um.

– Olha o compadre aqui, garoto! Cumprimento a comadre.

E o garoto apertava a mão do meu pai, da minha mãe, a minha mão e a mão dos meus irmãos. Aí chegava outro menino. Repetia-se toda a diplomacia.

– Mas vamos nos assentar, gente. Que surpresa agradável!

A conversa rolava solta na sala. Meu pai conversando com o compadre e minha mãe de papo com a comadre… Eu e meus irmãos ficávamos assentados todos num mesmo sofá, entreolhando-nos e olhando a casa do tal compadre. Retratos na parede, duas imagens de santos numa cantoneira, flores na mesinha de centro… casa singela e acolhedora. A nossa também era assim.

Também eram assim as visitas, singelas e acolhedoras. Tão acolhedoras que era também costume servir um bom café aos visitantes. Como um anjo benfazejo, surgia alguém lá da cozinha – geralmente uma das filhas – e dizia:

– Gente, vem aqui pra dentro que o café está na mesa.

Tratava-se de uma metonímia gastronómica. O café era apenas uma parte: pães, bolo, broas, queijo fresco, manteiga, biscoitos, leite… tudo sobre a mesa.

Juntava todo mundo e as piadas pipocavam. As gargalhadas também. Pra que televisão? Pra que rua? Pra que droga? A vida estava ali, no riso, no café, na conversa, no abraço, na esperança… Era a vida respingando eternidade nos momentos que acabam…. era a vida transbordando simplicidade, alegria e amizade…

Quando saíamos, os donos da casa ficavam à porta até que virássemos a esquina. Ainda nos acenávamos. E voltávamos para casa, caminhada muitas vezes longa, sem carro, mas com o coração aquecido pela ternura e pela acolhida. Era assim também lá em casa. Recebíamos as visitas com o coração em festa.. A mesma alegria se repetia. Quando iam embora, também ficávamos, a família toda, à porta. Olhávamos, olhávamos… até que sumissem no horizonte da noite.

O tempo passou e me formei em solidão. Tive bons professores: televisão, vídeo, DVD, e-mail… Cada um na sua e ninguém na de ninguém. Não se recebe mais em casa. Agora a gente combina encontros com os amigos fora de casa:

– Vamos marcar uma saída!… – ninguém quer entrar mais.

Assim, as casas vão se transformando em túmulos sem epitáfios, que escondem mortos anônimos e possibilidades enterradas. Cemitério urbano, onde perambulam zumbis e fantasmas mais assustados que assustadores.

Casas trancadas.. Pra que abrir? O ladrão pode entrar e roubar a lembrança do café, dos pães, do bolo, das broas, do queijo fresco, da manteiga, dos biscoitos do leite….

Que saudade do compadre e da comadre!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Meu mundinho

Sei que estou em divida com algumas pessoas especiais, estava dando um tempo pensando na vida e colocando as ideias no lugar, sabe o mês passado fiz 44 anos e resolvi fazer um balanço da minha vida, arrumar as gavetas limpar os armários e fazer uma faxina não só na casa mas na vida. Fui guardando coisas que não vou mais utilizar só estavam ocupando espaço na casa e na vida. Assim vou abrir espaço para novas coisas.Quero que quando a Primavera chegar meu canto meu mundinho esteja preparado para ficar florido.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Amizade

Para minha amiga Nalva você e especial.

BONS AMIGOS




Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.

Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.

Amigo a gente sente!



Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.

Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.

Amigo a gente entende!



Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.

Porque amigo sofre e chora.

Amigo não tem hora pra consolar!



Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.

Porque amigo é a direção.

Amigo é a base quando falta o chão!



Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.

Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.

Ter amigos é a melhor cumplicidade!



Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,

Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!



Machado de Assis


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OBRIGADO PELA VISITA

Anjos